A crise polÃtica que afeta a Venezuela pode evoluir para uma guerra civil, mesmo que de proporções limitadas, aponta um relatório da inteligência da Defesa americana apresentado duas semanas atrás na Comissão das Forças Armadas do Senado, em Washington.
O documento relata preocupação na escalada da violência contra a oposição ao regime do presidente Nicolás Maduro, mas não trata de uma eventual intervenção no paÃs. O ponto central é o risco aos interesses do Tio Sam na América do Sul.
O Observatório Venezuelano da Violência (OVV) aponta que mais de 30% dos 133 mil homens e mulheres das Forças Armadas não concordam com as medidas radicais adotadas pelo governo. No entanto, as forças armadas – Exército, Marinha e Aeronáutica – são consideradas um ente “disciplinado e fiel à s ordens do chefe supremo”, de acordo com o ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, um general. Há ansiedade ainda nos paÃses vizinhos, como a Colômbia, que a pretexto de prevenção a um surto de febre aftosa, começou a reforçar a fronteira com tropas do Exército desde este sábado (22).
No Brasil, a inquietação do Ministério das Relações Exteriores é sobre os 32 mil brasileiros que vivem em território venezuelano. “Há de tudo: de professores universitários a peões de fazenda, passando por técnicos da indústria do petróleo, profissionais liberais, comerciantes e prestadores de serviços gerais – muitos deles ligados aos setores hoteleiro e de turismo”, disse um diplomata da Subsecretaria da América Latina e Caribe ao Estadão.
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