Família reconhece corpo errado, enterra irmão e ele aparece vivo. - MACAUBENSE LIFE

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quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Família reconhece corpo errado, enterra irmão e ele aparece vivo.


Uma família de Itabirinha, em Minas Gerais, passou pela tristeza de enterrar um irmão, que havia sido atropelado na BR 259, em Colatina, região Noroeste do Espírito Santo, no começo do mês de agosto. O lavrador de 47 anos estava desaparecido quando morreu. Ele teria dormido embaixo de um caminhão parado na rodovia, quando o motorista deu partida, seguiu viagem e causou o atropelamento. O velório e o enterro, com caixão lacrado, aconteceram na cidade mineira. Alguns dias depois, para a surpresa de todos, o lavrador chegou em casa. Vivo.

De acordo com o tenente Otávio Júnior, da Polícia Militar de Itabirinha, a confusão aconteceu um tempo antes. Um dia, um parente do lavrador apareceu no 2º Pelotão da PM na cidade e registrou uma ocorrência de desaparecimento do homem.

“Mas, na verdade, ele tinha ido trabalhar na zona rural e não avisou para ninguém da família. Acharam que ele estava desaparecido. Um tempo depois, um homem com características parecidas com as do lavrador morreu atropelado em Colatina. A família esteve no Departamento Médico Legal (DML) aí no Espírito Santo e reconheceu como sendo o irmão desaparecido”, contou.

Por ter sido um atropelamento causado por um caminhão, o corpo estava bastante dilacerado. Desolados, os irmãos reconheceram o lavrador. O corpo foi encaminhado para Itabirinha e foi velado e enterrado em um caixão lacrado, devido ao estado do corpo.

“Depois, uma parente voltou no pelotão e comunicou a morte do lavrador. Sempre que registramos um desaparecimento, pedimos para a família avisar caso a pessoa retorne ou apareça morta. Assim damos baixa no sistema e a ocorrência não fica pendente. Trouxeram a certidão de óbito, contaram que o homem apareceu atropelado no Espírito Santo. Demos baixa na ocorrência”, explicou o tenente.

No entanto, alguns dias depois, o lavrador, que todos acreditavam estar morto, apareceu bem vivo na casa da família. “Ele procurou a PM para regularizar a situação e explicou toda a confusão. Ele foi trabalhar na zona rural e não avisou ninguém. Como o corpo encontrado estava muito danificado, acabou que a família reconheceu erroneamente. Agora o lavrador vai ter que abrir um processo administrativo na Vara Cível para dar baixa no atestado de óbito”, afirmou.

O tenente também contou que todos na cidade acharam a história muito curiosa. “A família ficou tão feliz com a volta do irmão vivo que chegou a soltar fogos de artifício para comemorar”, destacou o tenente Otávio Júnior.

COLATINA
Procurado pela reportagem do Gazeta Online, o delegado Deverly Pereira Júnior, titular da Delegacia de Crimes Contra a Vida (DCCV) da 15ª Delegacia Regional de Colatina, explicou que ainda não recebeu uma comunicação oficial sobre o reconhecimento errado do andarilho atropelado. Mas explicou que o reconhecimento de um corpo por familiares é um procedimento comum, pois não é possível realizar exame de DNA em todos os corpos.

“Neste caso, três pessoas da família reconheceram o corpo como sendo do lavrador. Com isso, o corpo foi liberado para a família. Agora, após a comunicação oficial de que o corpo enterrado não é dele, provavelmente a pessoa que foi enterrada vai voltar para o DML de Colatina e vamos investigar para tentar descobrir quem é. Se o andarilho não for reconhecido e a família não for encontrada, ele será enterrado como indigente um tempo depois”, ressaltou o delegado. [Gazeta Online]

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