Pessoas saudáveis não saem por aí ferindo as outras - MACAUBENSE LIFE

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sábado, 5 de outubro de 2019

Pessoas saudáveis não saem por aí ferindo as outras

Já me peguei pensando em algumas situações em que fui ferida. Eu pude me dar conta, claramente, de que fui vítima de vítimas. As pessoas que me machucaram, apenas me repassaram o que doía nelas ou o lixo que carregavam. Algumas fizeram isso de propósito, outras fizeram sem ter noção do estrago que estavam me causando.


Descobri que algumas pessoas são inconformadas com a minha vida, simplesmente, porque frustrei as expectativas que elas nutriam a meu respeito. Elas desejavam o meu fracasso e eu não dei esse gostinho a elas.

Nesse emaranhado de lembranças, dores, ressentimentos e culpas eu me esforço para perdoar as pessoas. Na medida em que eu identifico a condição emocional da pessoa, eu vou me desprendendo daquele ressentimento, dou um desconto a ela e toco o meu barco. Nisso, a psicologia tem me ajudado bastante. Confesso que é mais fácil perdoar as pessoas que eu tive a certeza de que me feriram sem intenção. Considero que também feri muitas pessoas.

Se perdoei todo mundo? Não sei ao certo, mas posso garantir que não carrego nada que me pese tanto. Sempre que uma lembrança dolorosa surge, eu não a alimento e busco alternativas para sublimá-la, porque a vida me mostrou que carregar o lixo que depositaram em mim seria uma escolha destrutiva e eu escolhi viver da melhor forma que eu puder.

Eu não sou nenhuma madre Tereza de Calcutá, estou longe disso. Eu apenas descobri que o rancor que eu carregava só fazia mal a mim mesma.

A pessoa que me machucou, certamente, não está perdendo nenhum segundo do sono dela preocupada com o mal que me causou, então, compreendi que me livrar dessas tranqueiras emocionais trata-se de uma decisão racional e inteligente, afinal, eu não nasci para ser depósito do lixo de ninguém. Você já imaginou como seriam os meus textos se eu fosse um depósito de mágoas? Nem quero imaginar!

Hoje, quando eu penso em quem me machucou, de imediato me vem uma certeza: aquela pessoa não estava feliz, ou ela é perversa, ou ela é mau caráter, ou ela não conseguiu uma forma saudável de se livrar do lixo que alguém depositou nela. Independente da condição que a pessoa se encontrava, eu decidi que não vou alojar aquele veneno aqui dentro de mim. Eu preciso de alma leve para escrever e alcançar outras vidas, esse é o meu propósito aqui neste Universo. Se você parar para pensar nas pessoas que o machucaram, você para de sentir mágoa e passa a sentir pena.

Porque, pensando bem, pessoas saudáveis não saem por aí machucando os outros. Logo, se é alguém adoecido, ele está em sofrimento, ele já carrega um peso enorme.

Talvez, você não concorde comigo, mas foi essa a alternativa que eu busco para tentar entender quem me feriu e, a partir dessa compreensão, liberá-lo da minha mágoa. É que mágoa, ressentimento, amargura e outros sentimentos negativos ocupam muito espaço da alma da gente e acaba não sobrando espaço para os sonhos, o riso, a poesia, o encantamento.

Fácil não é, mas é possível aprender a deixar de lado certas coisas. A gente vai selecionando aquilo que merece a nossa atenção, a gente vai deixando de revidar certas provocações. A gente vai aprendendo a contar até 10 para não entrar na frequência tóxica do outro que não tem nada a perder.

No fim do dia, percebemos que o nosso sono foi mais tranquilo e, que abstrair a negatividade alheia é um santo remédio. // Fonte Osegredo

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