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sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Sonda chinesa volta à Terra com as primeiras amostras da superfície da Lua coletadas


A sonda chinesa Chang'e 5 voltou à Terra nesta quinta-feira (17) com as primeiras amostras da superfície da Lua coletadas em mais de 40 anos. A sonda voltou com 2kg de solo e rochas lunares e pousou na província da Mongólia Interior, no norte da China, vizinha à fronteira com a Mongólia.
A cápsula aterrissou com auxílio de paraquedas e já foi resgatada por equipes chinesas.

A Chang’e-5 partiu em 24 de novembro, impulsionada por um foguete do centro de lançamento de Wenchang, no sul da China. Com quatro módulos e mais de oito toneladas, foi a maior espaçonave já enviada pela China ao espaço profundo.

A missão torna a China o terceiro país a coletar amostras lunares. Antes, apenas Estados Unidos e a extinta União Soviética haviam coletado material da Lua. A última missão desse tipo foi a soviética Luna 24, em 1976.

'Conquista histórica'
A missão alcançou novos avanços para o programa de exploração lunar na coleta de amostras, segundo a administração espacial chinesa: lançou um veículo da superfície da Lua e o acoplou à cápsula para trazer as amostras à Terra.

“Como missão espacial mais complexa e tecnicamente inovadora de nossa nação, a Chang'e 5 alcançou vários avanços técnicos... e representa uma conquista histórica", disse o comunicado da administração desta quinta (17).

Acredita-se que as rochas recém-coletadas sejam bilhões de anos mais novas do que aquelas obtidas anteriormente pelos EUA e pela antiga União Soviética, informou a agência de notícias Associated Press.

As rochas vêm de uma parte da Lua conhecida como Oceanus Procellarum, ou Oceano das Tempestades, perto de um local chamado Mons Rumker, que a ciência acredita ter sido vulcânico nos tempos antigos.

As amostras serão analisadas quanto à idade e composição e deverão ser compartilhadas com outros países. A idade das amostras ajudará a preencher uma lacuna no conhecimento sobre a história lunar entre cerca de 1 bilhão e 3 bilhões de anos atrás, disse Brad Jolliff, pesquisador da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, à Associated Press.

Eles também podem fornecer pistas sobre a disponibilidade de hidrogênio concentrado e oxigênio na Lua, disse Jolliff.

“Essas amostras serão um verdadeiro tesouro!”, afirmou o pesquisador americano.

“Tiro o chapéu para os nossos colegas chineses por realizarem uma missão muito difícil; a ciência que resultará da análise das amostras devolvidas será um legado que perdurará por muitos, muitos anos e, esperançosamente, envolverá a comunidade internacional de cientistas”, acrescentou.


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