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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Sem receber cestas básicas, profissionais do sexo da orla de Salvador enfrentam dificuldades em meio à pandemia


Com a renda comprometida em razão da pandemia do novo coronavírus, as profissionais do sexo que trabalham na orla de Salvador deixaram de receber cestas básicas fornecidas pela prefeitura. De acordo com a Instituição Beneficente Conceição Macedo (IBCM), que atua na prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis e dá assistência às profissionais, os últimos alimentos foram entregues em dezembro do ano passado

De acordo com o gerente da IBCM, Alfredo Doria, a situação das garotas piorou após o toque de recolher decretado pelo governador Rui Costa, que proíbe a circulação de pessoas nas ruas, das 20h ás 5h, horário em que as profissionais costumam trabalhar, principalmente na Avenida Manoel Dias, no bairro da Pituba.

“O necessário toque de recolher instituído pelo Governo do Estado ajudará a conter parcialmente a pandemia e causará também muitos transtornos para a população. Para as profissionais do sexo, assistidas pela Instituição, a situação é dramática. Sem a única fonte de renda que dispõem para sobreviver, correm o risco de passarem fome”, afirma.

Ainda segundo Alfredo, a instituição acionou a Secretaria Municipal de Reparação (Semur), responsável pela distribuição das cestas, mas foi informada que “neste momento todo esforço da prefeitura está voltado para garantir o atendimento na área da saúde”.

A reportagem também procurou a Semur, porém não obteve resposta até a publicação desta matéria.

Em maio do ano passado, a Defensoria Pública do Estado da Bahia recomendou ao órgão municipal que estabelecesse uma política de seguridade social durante a pandemia de modo a também abranger a oferta de cestas básicas a este público em situação de vulnerabilidade.

A Defensoria solicitou que as cestas fossem entregues mensalmente para as profissionais catalogadas pela IBCM, além das que ainda viessem a ser listadas posteriormente. O ofício de recomendação foi assinado pelas coordenadoras da Especializada de Direitos Humanos da DPE/BA, as defensoras públicas Eva Rodrigues e Lívia Almeida.

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